quarta-feira, 13 de junho de 2007

O lucro pode matar

As corporações agregam empresas que atuam em diversos setores de produção. Uma corporação não possui um dono, mas acionistas que investem com objetivo de obter lucros cada vez maiores. Um CEO (executivo) controla as operações para que os acionistas lucrem independente de tudo e de todos. Uma corporação pode controlar empresas de telefonia, montadoras de carro, supermercados, brinquedos, fertilizantes, lacticínios, informática, inseticidas, hospitais, escolas, coleta de lixo, distribuição de água, postos de gasolina, qualquer tipo de negócio que aumente seus lucros.
As empresas de laticínios para elevar a produtividade, confinam animais e aplicam hormônios que aumentam a quantidade de leite por cada unidade (termo usado para definir o animal). A aplicação continuada dos hormônios causa uma série de doenças aos animais e para controlar as epidemias são administrados antibióticos que depois de um tempo precisam de quantidades cada vez maiores. O leite fica contaminado com vírus mais resistentes aos antibióticos existentes. Uma pessoa que desenvolve uma infecção consumindo laticínios contaminados, na maioria dos casos, não encontra tratamento adequado nas unidades hospitalares e acaba morrendo porque os antibióticos não conseguem eliminar o vírus mutante.
Essas doenças poderiam ser evitadas caso as corporações não usassem hormônios para aumentar a produtividade e não fosse preciso administrar grandes quantidades de antibiótico nos animais.