quarta-feira, 13 de junho de 2007

Água mole, edifício duro, tanto bate até que fura

As práticas irresponsáveis da sociedade capitalista causaram enormes danos ao meio ambiente nos últimos dois séculos. A conseqüência do abuso do poder industrial foi graves problemas ambientais e o resultado tem sido o aquecimento global, a extinção de inúmeras espécies da fauna e da flora, a escassez dos recursos hídricos e vários outros danos ao meio ambiente.
As sociedades capitalistas, através da atividade industrial, empresarial e corporativa, usam o bem comum para movimentar um consumo por produtos cada vez mais descartáveis. Na busca pelo lucro incessante, os grandes grupos econômicos querem monopolizar o controle dos recursos hídricos, tornando a água acessível a um número cada vez menor de pessoas. A privatização das empresas estatais de abastecimento de água já está ocorrendo em países da África e América do Sul. Na Bolívia, uma empresa subsidiária da Bechtel norte-americana, passou a controlar a distribuição de água, chegando a proibir a população acumular água proveniente da chuva. Depois que as suas operações foram iniciadas no país sul-americano, o preço chegou a subir 200% ao usuário, excluindo um número significativo dos habitantes de Cochabamba.
Uma revolta popular reverte à situação no país e o contrato é cancelado com a multinacional. A Bechtel sem poder manter suas operações mudou a empresa para a Holanda, país que tem um acordo bilateral de investimentos com a Bolívia e passou a processar o país na ordem de $ 25 milhões.
Através dos acordos internacionais como Livre Comércio da América do Norte (NAFTA) ou Área de Livre Comércio das Américas (ALCA), os investidores estão conseguindo mercantilizar um número cada vez maior de recursos naturais, inclusive pateteando organismos vivos.